Lá estava eu mais uma vez diante daquele dia que eu tanto temia e que, infelizmente chegou.
Ele
nem sequer se incomoda com o que me faz, não sabe se isso é bom ou
ruim, simplesmente chega sem pedir permissão e me torna nesse ser,
talvez depressivo, talvez angustiado, mas certamente triste.
Hoje
não é uma xícara de café quente que me acompanha e sim um copo de
batida de morango, algo que eu faço muito bem, mas que logo hoje ficou
sem gosto.
Minhas mudanças, minhas manias, meus costumes diários, acho que os deixei no ontem e talvez amanhã os encontre.
As
palavras por sua vez fazem seu papel de fieis companheiras, sabe
companheiras pra tudo, pra qualquer momento, pra qualquer lágrima ou
sorriso, talvez as únicas que não me abandonam.
Lá
fora as pessoas agem normalmente escondendo-se através de sorrisos
forçados, de gestos sem pensar, sem imaginação alguma, sem sentimento
algum.
Certamente as lágrimas haverão de chegar, talvez mais tarde na escuridão da noite, na solidão desse quarto.
Estranho
eu saber de tudo isso e não fazer nada para mudar o que tantas vezes já
passei. É, parece que isso tem controle sobre mim, sobre meu corpo e
meus pensamentos.
E se alguém falar comigo? Se alguém me procurar?
Simplesmente responderei o suficiente com poucas palavras, quem sabe algumas agressivas e ou outras raras carinhosas.
Não tem como evitar essa forma de me sentir assim hoje, me sentir sozinha, desamparada, desprotegida.
E o que fazer?
Penso somente em esperar o inicio da noite, para ver um filme, escutar uma música que me faça chorar.
Alguns
dizem que tudo isso é porque eu quero, outros dizem que é normal
acontecer. Eu prefiro descontar tudo entre minhas lágrimas e sozinha, do
que em sorrisos falsos ao lado de pessoas falsas.
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